Enquanto isso, no governo tucano...

sábado, 14 de abril de 2012


Polícia Civil deve assinar contrato com a VUNESP nos próximos dias

A Polícia Civil de São Paulo aguarda a assinatura do contrato com a organizadora escolhida, a Fundação Vunesp, para iniciar a publicação dos editais dos oito concursos previstos para este ano, que incluem também oportunidades na Polícia Técnico Científica. O nome da organizadora foi anunciado pelo delegado geral da Polícia Civil,  Marcos Carneiro Lima, no último dia 2, após a cerimônia de entrega de viaturas à corporação.

A Vunesp ficará responsável pelas provas objetivas das seleções. As demais fases ficarão a cargo da Academia de Polícia (Acadepol) da Polícia Civil, que cuidava anteriormente de todas as fases do processo. Segundo o diretor da Acadepol, Paulo Bicudo, a contratação está sendo analisada pela assessoria jurídica da Polícia Civil e somente depois o contrato poderá ser assinado. Segundo ele, a delegacia geral está solicitando urgência nessa análise.

Os primeiros editais deverão ser publicados até junho, conforme  estima o delegado geral. Ao todo serão oferecidas 2.747 vagas, das quais 1.388 já estão autorizadas. Haverá oportunidades para quem possui desde ensino fundamental completo a superior, com remunerações variando de R$ 2.623,24 a R$ 6.981,90, incluso o adicional de insalubridade de R$497,60.

Segundo Marcos Carneiro Lima, o concurso com maior prioridade é o de perito criminal. Neste caso serão oferecidas 102 vagas, das quais 56 autorizadas e 46 que ainda precisam receber o aval do governador, o que pode acontecer após a publicação do edital. O cargo exige ensino superior. Este será o primeiro concurso em que serão exigidas áreas de formação específica, em Ciências Humanas, Exatas e Biológicas, com ênfase nas duas últimas.

Os cargos de escrivão e investigador, para os quais foram anunciadas 2 mil vagas em dezembro, também deverão ter publicação prioritária. Segundo o secretário de Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, o cargo de escrivão é o "gargalo" da Polícia Civil, ou seja, onde há maior demanda por profissionais. Tanto os cargos de investigador como o de escrivão contam com vagas remanescentes de concursos anteriores. Sobraram 443 vagas de investigador e 244 de escrivão dos concursos de 2009 e 2010, respectivamente. Agora, é preciso que o governador autorize as vagas restantes para que seja cumprido o anúncio de realizar concurso para 1.100 vagas de investigador e 900 de escrivão. Elas também poderão ser incorporadas após a publicação dos editais.

Ambos os cargos exigem ensino superior completo em qualquer área. As demais 645 vagas, destinadas a pessoas com ensino médio e superior, estão todas autorizadas. A maior oferta é para o cargo de agente policial. Neste caso serão 391 vagas. Carreira de nível médio, exige que o profissional conduza as viaturas da polícia e trabalhe nas operações de investigação. Esse cargo pode contar, ainda, com reforço de mil vagas, pois há um projeto de transformação de mil
vagas de carceiro em mil de agente policial. Neste momento, o projeto está tramitando na secretaria da Casa Civil. Em seguida,  projeto passará pelas mãos do governador, que irá encaminhá-lo à Assembleia  Legislativa. Somente depois da aprovação dos deputados e sanção do governador, poderá ser feito pedido de concurso. Mesmo tendo de vencer todo esse trâmite, Marcos Carneiro Lima espera que seja possível incorporar essas mil vagas às 391 já autorizadas. Os demais concursos que exigem ensino médio são para papiloscopista (103  vagas), que faz análise e comparação de impressões digitais, e auxiliar de necropsia (16), que trabalha ao lado dos médicos legistas na realização de autópsias.

Quem tem ensino fundamental completo poderá prestar os concursos para auxiliar de papiloscopista (113), que faz a coleta e análise preliminar de digitais, para atendente de necrotério (22). Os interessados em prestar esses concursos podem começar a se preparar estudando as disciplinas comuns a todas as carreiras como Noções de Direito (com ênfase em Direitos Humanos), Criminologia, Informática, Lógica e Língua Portuguesa. As demais disciplinas variam conforme a área. Essa regulação de disciplinas obrigatórias aconteceu a partir da Resolução 182/2008. A prova objetiva para os concurso de investigador, realizada em 2009, de escrivão, em 2010, de agente de telecomunicações, em 2011 e de médico legista, em 2012, já incluem essas mudanças. A partir de outubro de 2011, os concursos da Polícia Civil contam com, no máximo, seis fases: prova objetiva, prova dissertativa (se for o caso), prova de aptidão psicológica, prova de aptidão física, comprovação de idoneidade (investigação social) e avaliação de títulos (se for o caso).



Fonte: Folha Dirigida